domingo, 17 de novembro de 2013
sábado, 9 de novembro de 2013
Ladrões de Bicicletas: Ulisses: Relançar a Europa a partir do Sul
Ladrões de Bicicletas: Ulisses: Relançar a Europa a partir do Sul: « Ulisses e os seus marinheiros vaguearam durante dez anos no mar até chegar a casa. Pelo caminho, várias paragens. Uma delas na ilha de ...
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
terça-feira, 22 de outubro de 2013
terça-feira, 1 de outubro de 2013
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Os Alemães que paguem...
...porque se passou da crise global, para a crise do euro, e porque se devem ( ou não ) pagar as dívidas...extrato do livro de J.R,dos Santos "A Mão do Diabo" Ed. Gradiva
(...)
(...)
Pagarás as tuas dívidas (…euros)…segundo
o “no-bailout” que sg/o Tratado de
Maastricht, “ estabelecia que, no essencial, nenhum país da zona euro era obrigado
a pagar as dívidas de outro.” ( A Mão do diabo, pg.363)
(…) Como é que isso se estendeu à zona euro?
"Foi o mesmo mecanismo. Vendo que
havia uma cláusula de no-bailout no tratado que criara o euro, os investidores
puseram-se a inspecionar as contas de todos os países da moeda única e
descobriram enormes vulnerabilidades em algumas delas. O nervosismo alastrou. Os
investidores tinham nas mãos obrigações emitidas por Portugal, Espanha, Itália,
Irlanda, e começaram a perceber que só recuperariam o dinheiro no Dia de São
Nunca à Tarde. Portanto toca a vendê-las enquanto podiam! O problema é que
ninguém as queria comprar. O mercado das dívidas soberanas paralisou e os
países do Club Med, que viviam à custa do dinheiro emprestado, deixaram de ter
quem lhes emprestasse. (…) (Idem pág. 364)
(…) Querem dinheiro? Primeiro arranjem
emprego e um rendimento fixo e depois falamos…com as calças rotas na mão, fomos
a correr de mão estendida para a Alemanha a exigir que eles pagassem as nossas
dívidas. Os alemães ficaram especados a olhar para nós. Olhem lá, não leram a
cláusula de «no-bailout» no tratado que assinaram? Não foram avisados que são vocês
que pagam as vossas próprias dívidas? Porque não respeitaram os limites de
dívida e de deficit a que se comprometeram por escrito?
(…) Os
europeus em geral, e os do Club Med em particular, estavam habituados à
Alemanha do livro de cheques. Assombrada pelas suas terríveis responsabilidades
no matadouro da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto judaico, a Alemanha viveu
décadas em expiação. Era preciso uma autoestrada em Portugal? Os Alemães
pagavam. Era preciso financiar as férias dos pobres na Grécia? Os Alemães pagavam.
Era preciso um comboio de alta velocidade em Espanha? Os alemães pagavam. A Alemanha
usou o livro de cheques para se redimir do seu passado horroroso e prosseguiu
essa política durante décadas e décadas. A França apontava o caminho político,
a Alemanha cobria os custos. (…) ( Idem pag.365)
Porque mudou?
“ Porque a
geração agora no poder na Alemanha não viveu a segunda guerra mundial e não vê
razão para razões para expiar crimes cometidos pelos seus antepassados. E porque,
conforme receavam a Grã-Bretanha e a França em 1989, a reunificação alemã
restituiu o sentimento de orgulho e a arrogância aos Alemães. A união das duas Alemanhas
criou o maior país ocidental em população e economia, o centro de gravidade de
todo o continente. Alem disso, a reunificação foi um processo economicamente
dolorosos e os Alemães sabem bem o que lhes custou pagar para ajudar a antiga
Alemanha comunista. Acabado de sair desse pesadelo, que lhe valeu uma crise
económica até 2005, vieram agora dizer-lhes que também teriam de pagar para
ajudar o C. Md. a desenvencilhar-se do sarilho em que se meteu. (…) Nós? Pagar?
Paguem eles, que estiveram na festa! Vão trabalhar, preguiçosos! A mama acabou!”
(Idem pg.366)
(…) “Para evitar o colapso imediato do euro, e
depois de muito resmungarem, os Alemães
lá perceberam também que os seus bancos, que tinham emprestado imenso dinheiro
aos países periféricos par que entre outras coisa eles comprassem produtos
alemães, estavam totalmente encravado e entrariam na falência se houvesse um
default imediato e generalizado do Club Med. Por isso acabaram por ceder e
autorizaram que o Banco Central Europeu violasse o seu mandato e começasse a
comprar dívida do C.M. Como nenhum investidor nos queria emprestar nem um
tostão, foi o BCE que se chegou à frente e se pôs a comprar as dívidas que
ninguém mais queria pagar…se não fosse este, não haveria salários, nem pensões,
nem subsídios para ninguém.” (Idem, pag. 367)
sábado, 20 de julho de 2013
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